Bragança
Concelho situado no extremo nordeste de Portugal e também de Trás
os Montes, possui 49 freguesias e 120 localidades, com uma população
residente de 32530 habitantes (dos quais cerca de 25000 na cidade de Bragança)
e uma área de 1174 km2 (INE, 2001).
É limitado a Norte pela província espanhola de Zamora, a
Leste pela mesma e pela de Salamanca, a Sul pelos distritos da Guarda
e Viseu e a Oeste pelo distrito de Vila Real. Com uma moldura montanhosa
e agreste, mas sempre bela, Bragança é o centro politico
e administrativo histórico de Alto Trás os Montes. O Parque
Nacional de Montesinho, na Serra da Nogueira, constitui um importante
património ambiental.
A economia de Bragança baseia-se acima de tudo no comércio
associado à sede de um distrito votado à agropecuária,
e onde a caça e a floresta são também importantes
- especialmente matas de carvalhos, soutos de castanheiros e pinhais.
A dimensão média das explorações agrícolas
é de cerca de 11 ha, superior à média nacional e
mais do que o dobro da média da Região Norte. A gastronomia
regional assente em produtos da região - o mel, os enchidos, o
folar, a caça, a pesca e a carne de raças autóctones,
que constitui por si uma referencia cultural.
Com uma vocação crescente para os serviços, a industria
é tradicionalmente marginal. Mas nos últimos tempos começa
a notar-se uma nova capacidade de atracção de investimento
(caso da multinacional Faurecia, de componentes para a industria automóvel),
fruto da localização previlegiado junto às zonas
industriais do Norte de Espanha e no enfiamento das grandes rotas rodoviárias
de acesso ao centro da Europa associado ao dinamismo criado pelo rápido
desenvolvimento do ensino superior público e privado na ultima
década. Bragança tem hoje mais de 5500 alunos em instituições
do ensino superior, o que representa já de cerca de 17% da população
residente total. Note-se que Bragança foi mesmo a primeira cidade
portuguesa a implementar uma rede digital publica sem fios que cobre toda
a zona urbana central.
Um caso exemplar de projecto POLIS tem permitido uma renovação
do importante património urbano histórico da cidade e a
criação de uma moderna zona de lazer de elevada qualidade
ambiental nas margens do rio Fervença e na periferia do antigo
burgo bragantino. Mas o dinamismo cultural de Bragança passa também
pelo novo Teatro Municipal, pela nova Biblioteca Municipal e por um novo
Museu de Arte Contemporânea, que se juntam a instituições
de grande projecção como o Museu do Abade de Baçal.
O aeródromo de Bragança permite carreiras aéreas
regulares e diárias entre Lisboa, Vila Real e Bragança (duas
por dia). A pista alcatroada tem 1200 metros de comprimento por 30 m de
largura e fica em Baçal, a 7 km de Bragança.
Freguesias:
São 49 as freguesias deste Concelho Alfaião, Aveleda, Babe,
Baçal, Calvelhe, Carragosa, Carrazedo, Castrelos, Castro de Avelãs,
Coelhoso, Deilão, Donai, Espinhosela, Failde, França, Gimonde,
Gondosende, Gostei, Grijó de Parada, lzeda, Macedo do Mato, Meixedo,
Milhão, Mós, Nogueiro, Outeiro, Parada, Paradinha Nova,
Paramio, Pinela, Pombares, Quintanilha, Quintela de Lampaças, Rabal,
Rebordainhos, Rebordãos, Rio Frio, Rio de Onor, Salsas, Samil,
Santa Comba de Rossas, B Sta Maria, São Julião de Palácios,
São Pedro de Sarracenos, B Sé, Sendas, Serapicos, Sortes,
Zoío.
Informações adicionais
Extraído do livro "III congresso de Trás-os-Montes
e Alto Douro" (2002)
Mensagem do Presidente da Câmara Municipal [ver
pdf]
António Jorge Antunes
A Bragança Contemporânea e a Bragança do séc.
XX têm de ser observadas em contextos regionais e nacionais distintos;
a cidade do séc. XX foi marcada por uma conjuntura de isolamento,
a Bragança do fim de século e início de um novo milénio
será influenciada pela abertura de fronteiras, pela globalização
da economia e pela rapidez de circulação da informação.
Dotada de novas acessibilidades e estrategicamente posicionada tem condições
para encarar o futuro na perspectiva de evolução para uma
nova centralidade de grande qualidade.
Ao longo dos séculos, Bragança, porque isolada dos grandes
centros e dos mercados, em resultado do efeito de fronteira, da distância
e da má acessibilidade ás regiões do Litoral, cresceu
lentamente, tendo passado por períodos de forte decréscimo
da população, mantendo contudo desenvolvimento harmonioso
do seu tecido urbano.
De referir que no séc. XX a população da Cidade quadruplicou,
apesar de na região se ter verificado uma dinâmica demográfica
negativa, em particular a partir da década de sessenta época
em que o Alto Trás-os-Montes perde mais de um terço da população,
em resultado do êxodo rural e da emigração. Na última
década surgem sinais de inversão da tendência regressiva
nos principais concelhos ao longo dos eixos estruturantes do território.
Bragança é a cidade de Trás-os-Montes que maior percentagem
de população concentra na sede do Concelho, a sexta maior
taxa de concentração da Região Norte de Portugal,
apesar de ser um dos maiores concelhos em área do país.
Dispõe de um potencial de juventude muito forte, de um reforçado
ambiente académico, de serviços que se qualificam dia a
dia, de um comércio que se moderniza, de um dinâmico sector
de construção civil, segurança e um bom nivel de
qualidade devida.
O futuro da Cidade não pode dissociar-se da área rural do
Concelho, das actividades económicas ai desenvolvidas por uma ainda
significativa população activa, da qualidade paisagística
e ambiental do espaço e da relação muito forte desta
com as sedes dos concelhos próximos. Nesta relação
interessa considerar a necessária cooperação inter-regional
e transfronteiriça na qual Bragança dá passos afirmativos,
ciente da necessidade de cooperação num espaço cada
vez mais amplo, aberto e competitivo.
É neste cenário, de espaço amplo aberto e competitivo
que o pais precisa criar rupturas no processo de desenvolvimento económico
desta região para acelerar o seu crescimento, aproximando-a dos
níveis desejados de bem estar económico e social e de afirmar o
papel de Bragança no contexto do sistema urbano do Nordeste e do
Pais, reforçando o seu papel na região fronteiriça
e o seu estatuto de cidade de média dimensão, capaz de se
assumir como espaço âncora ao nível regional, criando
as condições de fixação da população.
A dinamização da actividade económica é uma
linha de acção essencial para travar a desertificação
humana, particularmente dos mais jovens e mais aptos, o que nos leva a
exigir uma política de maior investimento público na região,
na área das acessibilidades e infra-estruturas de apoio ao investimento,
uma adequada política deformação e qualificação
dos recursos humanos, incentivos financeiros e fiscais que tornem a região
mais atractiva face aos efeitos negativos da falta de tradição
industrial.
A tendência do último século, a nível global,
foi o da concentração da população na faixa
costeira marítima. As zonas rurais dotadas de condições bem mais saudáveis
devem resistir, devendo oferecer serviços diversificados e de qualidade,
suportados em redes de cidades de maior dimensão, Daí que
e qualificação da Cidade seja agora mais urgente, se atendermos
também a que a atracção sobre o território
é desenvolvida não só pelas cidades do litoral mas
também pelas cidades próximas do pais vizinho, estas de
facto de média dimensão, melhor estruturadas e por isso
mais competitivas. Impõe-se pois continuar a pensar Bragança
como cidade que precisa crescer, ganhar dimensão, afirmar-se como
pólo dinamizador de actividade económica, centro de qualificação
e formação superior dos recursos humanos e de intermediação
com outros centros urbanos. Bragança, que já foi o maior
centro económico e populacional de Trás-os-Montes, necessita
nesta fase da sua história de fazer uma aposta vencedora criando
a imagem de cidade dinâmica, atractiva e competitiva.
Bragança precisa preservar e qualificar os espaços urbanos
e rurais, garantir qualidade devida, promover a animação
da actividade económica, desenvolver os serviços de apoio
às empresas, adquirir novas competências de carácter
supra-municipal, criar uma imagem de excelência ao nível
do ambiente e do lazer.
A sustentabilidade do território exige que as políticas
urbanas integrem nas decisões, a preservação do ambiente,
a criatividade, a mudança, a procura de novas competências
e agilidade nas relações organizativas e institucionais.
No futuro, as cidades que apresentem um bom desempenho ao nível
da preservação do ambiente, da qualidade devida humana,
associada à cultura, ao recreio e á vida social serão
eleitas como locais de atracção de investimento e sítios
agradáveis para viver e trabalhar. Bragança olha o futuro
com esperança.
À Descoberta de Bragança
[ver
pdf]
Com uma área de 1174 Km2, o Concelho de Bragança é
constituído por 49 Freguesias, duas da quais, Sé e Santa
Maria, na área urbana da Cidade.
Segundo os censos provisórios de 2001, o Concelho de Bragança
comporta uma população residente de 34 752 habitantes e
uma população presente de 37 170 habitantes com uma densidade
populacional de 29,6 habitantes/Km2. A cidade de Bragança, alberga
uma população presente, de cerca de 25 000 habitantes. 25%
da população activa dedica-se a trabalhos de agro-pecuária,
em pequenas explorações familiares. O sector secundário
emprega 25% da população activa, com base em pequenas indústrias
com menos de 10 trabalhadores, onde a construção civil foge
à regra e se destaca pela sua pujança e crescimento. É
o sector de serviços e comércio que emprega a maior parte
da mão de obra do Concelho.
No Concelho existem sediadas cerca de 650 sociedades, que atingem um volume
de vendas superior a 250 milhões de Euros. Bragança dispõe
de um potencial de juventude muito forte, distribuído pelas diversas
escolas e diferentes graus de ensino.
Ensino Básico - 90 estabelecimentos, com 4 343 alunos;
Ensino Secundário - 3 estabelecimentos, com 2 520 alunos;
Ensino Profissional - um estabelecimento, com 174 alunos.
O Instituto Politécnico de Bragança com três Escolas
Superiores e a Escola Superior de Enfermagem constituem a oferta do ensino
superior público, com 4 223 alunos enquanto o Instituto Superior
de Línguas e Administração, representa o ensino superior
privado com 438 alunos.
A cultura tem lugar próprio na cidade de Bragança, onde
o Centro Cultural Municipal é um espaço que permite a realização
de múltiplos eventos.
O novo Teatro Municipal, em construção, a Biblioteca Municipal e o Museu
de Arte Contemporânea, permitirão aumentar a oferta que os
diferentes promotores de actividades culturais vêm desenvolvendo
no Concelho.
Orquestras, tunas académicas, grupos corais e de música
contemporânea, folclore, teatro, clubes desportivos e outras associações,
oferecem a sua arte a um público cada vez mais numeroso e mais
exigente. As festas da cidade em honra de Nossa Senhora das Graças,
as romarias de Nossa Senhora do Aviso em Serapicos, Santa Rita em Terroso,
Nossa Senhora da Ribeira em Quintanilha ou Nossa Senhora da Serra em Rebordãos,
atraem milhares de turistas e fiéis a estes santuários,
A gastronomia tradicional assente em produtos da Região - o mel,
os enchidos, o folar, a caça, a pesca e a carne de raças
autóctones – constitui por si só uma referência
cultural.
O Parque Natural de Montesinho e a Serra de Nogueira, constituem a moldura
natural do Concelho de Bragança.
São áreas com elevado valor ecológico, paisagístico,
social e económico. As matas de carvalhos, os soutos de castanheiros
e os pinhais, constituem a riqueza arbórea do Concelho. As aldeias
de Rio de Onor, Guadramil e Montesinho com as suas tradições
comunitárias e beleza paisagística, merecem destaque especial.
A caça e a pesca, são actividades geradoras duma indústria
de turismo cada vez mais atractiva e promissora. A área antiga
da Cidade, forma na sua globalidade, um conjunto monumental harmonioso
e rico, onde se destaca a cidadela dotada de um sistema defensivo de muralhas
que encerra tesouros arquitectónicos de grande sobriedade e raridade:
a Domus Municipalis - edifício do período tardo-medieval
- de estilo românico civil, único na Península Ibérica,
o Castelo, com a famosa Torre de Menagem do séc. XV e que hoje
alberga o Museu Militar e o Pelourinho, encastoado na proto-histórica
“porca” da Vila.
Ainda a história do Concelho, permanece inscrita nos mais diversos
solares e monumentos religiosos, alguns valorizados por interiores riquíssimos
e dos quais se destacam: Convento e Igreja de 5. Francisco, fundado no
séc. XIII: Igreja Conventual de S. Bento, construída em
1590; Igreja da Misericórdia, construída no séc.
XIV e ampliada em 1539; Igreja de Santa Maria, de origem românica;
Igreja de S. Vicente, com vestígios românicos e reconstruída
no séc. XVII; Sé Catedral ou Sé velha, antiga igreja
dos Jesuítas com origem no séc. XVI; Convento de Castro
de Avelãs, do séc. XIII; Igreja de Santo Cristo em Outeiro,
séc. XVI; Cruzeiro ria Praça da Sé, datado de 1689;
Pelourinhos de Carocedo, Faílde, Frieira, Gostei, Outeiro, Rebordainhos,
Rebordãos, Sanceriz e Vila Franca; Solar dos Pimentéis ou
Casa do Arco; Palacete dos Calaínhos; Palacete dos Vargas, antiga
agência do Banco de Portugal e futuro Museu de Arte Contemporânea;
Solar dos Teixeiras; Paço Episcopal, actual Museu do Abade de Baçal;
Castelo de Rebordãos; Fortaleza de Outeiro. Com vestígios
que remontam ao período da pré-história, Bragança
é herdeira do nome de uma vasta região montanhosa no Nordeste
de Portugal.
Existe historicamente como povoação desde o séc.
XII quando em 1187, D. Sancho I lhe concede Foral. Em 1464 e a pedido
de D. Fernando, 2º Duque de Bragança, recebe de D. Afonso
V o foro de cidade. Mas sendo Bragança uma Cidade histórica,
é também uma cidade com futuro.
Moradas
Câmara Municipal de Bragança
Forte S. João de Deus, 5300 Bragança
tlf.273 304 200, fax 273 304 299
www.cm-braganca.pt
email: braganca@cm-braganca.pt
Instituto Politécnico de Bragança
Campus Sta. Apolónia, apart. 38, 5300-854 Bragança
tlf. 273 331 570, fax 273 325 405
www.ipb.pt
ISLA - Instituto Superior de Línguas e Administração
Rua Prof. Dr. António A. Gonçalves Rodrigues
5300 Bragança,
tlf. 273 331 334, fax: 273 32 44 73
www.isla.pt/braganca
email: info@mail.bg.isla.pt
Instituto do Emprego e Formação Profissional
Forte S. João de Deus 5300 Bragança
tlf. 273 331 345, fax 273 327 978
NERBA - Associação Empresarial da Região de Bragança
Alto das Cantarias, apart. 171
tlf. 273 304 630, Fax 273 312 018
www.nerba.pt
email: nerba@nerba.pt
Região de Turismo do Nordeste Transmontano
Largo Principal, 5300 Bragança
tlf. 273 331 078, fax 273 331 913
Aeródromo de Bragança
Baçal, 5300 432 Bragança
tlf. 273 381 175, fax 273 381 065
www.omni.pt
Parque Natural de Montesinho
www.ruralnet.pt/pt/produtos/turismo/abrigos/abrigospnm.htm
www.icn.pt/areas_protegidas/montesinho/entrada.htm
Portal do distrito de Bragança
www.bragancanet.pt
Bragança cidade digital
www.braganca-digital.pt
Rede digital comunitária
rdc.bcd.pt
AeroClube de Bragança
Baçal, 5300 Bragança
tlf. 273381175
www.pelicano.com.pt/zp_braganca.html
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